sábado, 29 de janeiro de 2011

O outro lado de Romeu e Julieta


“Se a rosa não se chamasse rosa, teu perfume seria diferente?”



Dois jovens, um amor verdadeiro e proibido, um final trágico.
Shakespeare soube usar essa fórmula com maestria. Afinal, quem não conhece a história de amor mais aclamada mundialmente?

“Romeu e Julieta” é conhecido, pela grande maioria, como “a mais bela história de amor de todos os tempos”. Mas, há muito mais nessa história além de amor e drama. Shakespeare estava realmente falando sobre o amor e sua sublimidade?

Te convido a ver “Romeu e Julieta” com outros olhos nesta postagem. Siga-me, se achar que vale a pena.


Eu deduzo que você conheça a história de Romeu e Julieta, mesmo que seja de forma básica. Eles se conhecem numa festa e apaixonam-se instantaneamente, mas suas famílias são rivais, Romeu é um Montéquio e Julieta uma Capuleto. No entanto, em nome do amor, os dois decidem seguir em frente com seu romance e armam um plano para se casarem. Porém, tudo dá errado e, após uma sucessão de acontecimentos que deixa qualquer um morrendo de raiva e se perguntando por que o mundo é tão injusto, os dois acabam morrendo.

É importante ressaltar o fato de que eles se apaixonaram apenas ao se olharem, juraram amor eterno e decidiram se casar em apenas um dia. Além disso, os dois eram jovens. Aí você pensa: “Ah, um amor sincero entre jovens, que coisa mais linda!”. Mas, na verdade, Shakespeare quis mostrar o quanto jovens apaixonados são inconsequentes.

Ainda não entendeu direito? Então vamos continuar.

Qual é o final da história mesmo? Ah, sim... Morte.

Romeu e Julieta estavam tão absurdamente apaixonados que deixaram a racionalidade para trás e se guiaram apenas pela paixão. Se você ler o texto original ou assistir algum filme, verá que a sequência de acontecimentos não teria acabado do jeito que acabou se eles tivessem refletido um pouco. A história não nos narra como a força avassaladora do amor é linda, mas como ela pode ser impiedosa com aqueles que não veem nada além dela.

Fez sentido pra você agora?

Quando lemos ou assistimos “Romeu e Julieta”, nos encantamos tanto com o romantismo, que nos esquecemos de procurar a racionalidade na história. Por isso mergulhamos nela e nos tornamos inconsequentes ao lado dos protagonistas, torcendo por seu amor. E no fim nos frustramos com o destino dos dois, sem perceber que foram eles mesmos que traçaram seus caminhos, cegos pela paixão.

Shakespeare era realmente um gênio, não?

E então? Ainda é a “maior história de amor de todos os tempos” pra você? Ou está mais para: A maior prova de que o amor deve caminhar ao lado da racionalidade?





Por enquanto é isso. Depois vou me aprofundar mais. Isso, é claro, se vocês quiserem, então me deem um retorno, combinado?

Ah, quero lembrar aqui que eu não tenho formação acadêmica em literatura. Apenas senti vontade de escrever sobre o assunto.

Inté!

2 comentários:

  1. Cada vez melhor Jake...continue

    Seria otimo agir com o coração e a cabeça ao mesmo tempo, mas parece que comigo eles não conseguem trabalhar juntos.rs

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