terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Apenas mais um na pequena teia


Nossa vida é um emaranhado sutil de mudanças. Dificilmente as mudanças são drásticas, e aquelas que são drásticas não são, necessariamente, as mais importantes. Hoje venho falar das mudanças sutis que emaranhadas tomam o curso de nossas vidas. Sabe, quero falar sobre os mesmos emaranhados sutis que me fizeram deixar esse blog por quase um ano, que me levaram até o audiovisual, que mudaram meu ciclo de amizades... Aquelas decisões que tomamos, ou aqueles dias que deixamos passar. Quando olhamos para o pequeno – grande – emaranhado de sutilezas que regem nossa vida e tudo parece – e está – milimétricamente interligado. Então talvez minha metáfora esteja incorreta. Esqueça o emaranhado. O que temos é uma teia muito bem tecida, cuidadosamente. Alguns chamam isso de destino, eu prefiro chamar de Deus, mas aceito sua livre escolha entre um e outro.
Quando iniciei esse blog há alguns anos atrás ele era quase que exclusivamente destinado a um grupo de amigos. Era gratificante ver o apoio que me davam nessas tentativas de escrever por aí... Estes mesmos amigos, cada um ao seu modo, foram decisivos em pontos chave da minha pequena teia. Alguns mais lá atrás, outros mais recentemente.
Deixamos uma parte da nossa adolescência nos corredores e escadas de uma antiga escola e agora corremos, freneticamente, em direção aos rumos que desejamos. Ah, quanto mudou... Quantos planos ficaram para trás, e tantos outros apareceram na nossa frente. Feliz ou infelizmente, corremos cada um a seu passo, cada qual ao seu destino. Tudo é questão de costume. É normal se acostumar com a ausência. Amizades são ciclos renováveis, dificilmente mantêm-se por longos períodos ou pela vida inteira. Há quantos anos dura sua amizade mais antiga?
A renovação, no entanto, não é algo ruim. Faz com que o ciclo da vida mantenha-se em rotação. E se não houvesse a rotação, não haveria saudade; e se não houvesse saudade, eu não estaria escrevendo isso. Sinto falta. Uma falta boa, amadurecida com o tempo, com a idade. Talvez hoje não tenhamos mais grandes planos coletivos, mas ainda recordamos, ainda nos importamos. E diante de tanto que vejo, constato que sim, muito permaneceu, porque permaneceu a sinceridade. A sinceridade da ausência, da falta, do esquecimento... A mesma que trazia a presença – ainda na distância -, o preenchimento, a lembrança. Tudo ao seu tempo e ao seu modo.
Na correria que anda a minha vida, tirei um tempinho para registrar a lembrança e a saudade de vocês. Porque sim, muita coisa mudou, e eu mudei muito (graças a Deus), mas mesmo que o mundo visual tenha me picado, ainda sou uma sentimental que gosta de escrever textos gigantes que tentam expressar, em um tamanho maior, coisas pequenas como: Espero revê-los em breve.

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